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O nosso Sindicato realizou um grande debate para homenagear as mulheres no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. O principal tema, além das questões sobre direitos trabalhistas específicos das trabalhadoras, foi sobre a violência doméstica e o feminicídio que atinge, diariamente, centenas de mulheres em todo o país.

 

 

Segundo dados da ONU Mulher, o Brasil é o 5º país no mundo que mais mata mulheres. Todos os dias, cerca de três mulheres são assassinadas e, a cada hora, outras centenas sofrem algum tipo de agressão. 

 

 

O pior é que o governo não apresenta nenhuma política de Estado e, muito menos, uma proposta de seu governo para barrar essa drástica situação. Ao contrário, seus comentários, os dos seus ministros, em especial, os da Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves só têm contribuído para fortalecer o machismo e, consequentemente, a violência contra a mulher.

 

O nosso Sindicato tem a compreensão de que é necessário e urgente desenvolver um trabalho concreto para barrar essa triste situação em que milhares de companheiras são submetidas ao sofrimento de serem agredidas, seja física ou moralmente. Essa é uma vergonha para o país.

 

 

“Nossa contribuição a essa luta contra a violência à mulher, além de muitas batalhas para garantir e ampliar os seus direitos enquanto mulher trabalhadora, é debater e alertar os companheiros e as próprias companheiras da categoria que temos de por um fim a essa violência doméstica, ao assédio moral, sexual e ao feminicídio. Isso é um atraso para qualquer nação.” Disse Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, durante a sua fala no Ato de Abertura do evento.

 

 

Ainda para Chiquinho Pereira, é preciso exigir dos governos ações concretas para acabar com essa dura realidade de violência contra a mulher brasileira. Para ele, é fundamental que homens e mulheres caminhem lado a lado, pois, só desta forma será possível construir um mundo justo e igualitário, onde o respeito às diferenças, sejam elas sexuais, de gênero, de raça ou regionais prevaleçam. Essa nação precisa dar um basta ao preconceito que, infelizmente, tem causado a morte de tanta gente, em especial a morte de mulheres.

 

A Delegada Rose, que foi deputada estadual por quatro mandatos, a primeira delegada da mulher e uma das fundadoras do Conselho Estadual da Condição Feminina, do qual é vice-presidente, fez uma belíssima exposição sobre toda a trajetória das mulheres no estado contra a violência, desde a luta para ser criada a primeira delegacia da mulher em São Paulo, considerada a primeira do mundo, até hoje com a contribuição da Lei Maria da Penha e de algumas políticas públicas que têm contribuído para acolher e direcionar as mulheres em risco.

 

O Escritor Cláudio Blanc, autor de vários livros entre eles “Tempos de luta e glória” que retrata a história dos 80 anos do nosso Sindicato, e do livro “Uma Breve História do Sexo” deu uma excelente contribuição aos debates, fazendo a leitura de trechos do seu livro onde retrata as desumanas e tristes condições em que as mulheres foram submetidas ao longo da história da humanidade.

 

 

 

Também participaram da Mesa do Ato de Abertura a presidente da Associação Mulheres Unidas Venceremos, Romilda Almeida Correia e Pedro Pereira, vice-presidente do nosso Sindicato. Além da participação das trabalhadoras e trabalhadores da categoria, o evento contou com a presença da população do bairro da Bela Vista, o que enriqueceu e contribuiu, em muito, com o debate!

 

 

Clique no link abaixo e assista a transmissão de todo o debate, no Facebook do Sindicato dos Padeiros: