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O SINDICATO E A LUTA CONTRA O DESEMPREGO

O SINDICATO E A LUTA CONTRA O DESEMPREGO
Por Suely Torres
 
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(Fotos: Paulo Rogério "Neguita")
 
A drástica situação econômica e política do país tem levado o Movimento Sindical a repensar e ampliar o seu papel na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores como, por exemplo, enfrentar a luta contra o desemprego que hoje atinge mais de 15 milhões de pessoas. 
 
O nosso Sindicato tomou a iniciativa de participar do Mutirão de Emprego em parceria com a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o sindicato dos Comerciários de São Paulo e empresas de vários setores, no esforço de combater e amenizar o sofrimento causado pelo desemprego que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa atualmente é de 12,7%. No entanto, os dados do IBGE sugerem, também, que no trimestre encerrado em maio, o país somava 65,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho. Ou seja, o quadro é bem pior do que mostram as pesquisas.
 
MUTIRÃO DO EMPREGO:
UMA ESPERANÇA PARA MILHARES DE DESEMPREGADOS
 
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Diante da inércia do governo em apresentar uma saída para o grave problema do desemprego que domina o Brasil, o nosso Sindicato, em parceria com outras entidades de classe e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), tomou a iniciativa de participar do Mutirão de Emprego, na busca de amenizar o sofrimento de milhões de pessoas que estão desempregadas há meses. 
 
O desemprego no Brasil ganha proporções inimagináveis. Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faltam empregos para 27,6 milhões de pessoas. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.
 
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O governo Temer, para justificar sua política de desmonte dos direitos dos trabalhadores em favor do grande capital, mentiu para a sociedade quando disse que a Reforma Trabalhista iria gerar milhões de empregos e modernizar as relações de trabalho no país. 
 
Falácia! Em menos de um ano da promulgação da nova Lei, mais de 14 milhões de pessoas aptas a entrar no mercado de trabalho estão, em média, a mais de oito meses procurando emprego, sem perspectiva de conseguir. 
 
Nos últimos períodos o que presenciamos é uma quantidade de fechamento de postos de trabalho, bem maior do que os que surgem, fator que tem jogado, diariamente, centenas de trabalhadores a engrossarem a fila do desemprego.
 
PARCERIAS ENTRE O SINDICATO E EMPRESAS É UMA ALTERNATIVA NA LUTA CONTRA O DESEMPREGO!
 
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Não é possível ficar inerte diante do desespero que atinge milhões de trabalhadores, atingidos pelo desemprego. Pior ainda é saber que entre os mais de 15 milhões de desempregados, 23% são chefes de família, ou seja, outros milhões de pessoas dependem desses para sobreviver. 
 
O nosso Sindicato, desde o início desse caos político e econômico que tomou conta do país, tem procurado alertar a categoria sobre a necessidade de consolidar a unidade e a mobilização do conjunto dos trabalhadores como forma de enfrentar os desafios provocados pelas sucessivas políticas de desmonte do Estado Brasileiro, com ênfase na destruição de direitos, na implantação de uma relação de trabalho análoga a escravidão e na total falta de combate ao desemprego que tomou conta do país. 
 
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Para combater essa terrível situação, o nosso Sindicato procurou algumas empresas do setor da panificação e fez uma parceria para que as empresas colocassem suas vagas de trabalho à disposição do Mutirão de Emprego, realizado em agosto. 
 
“Foi uma experiência gratificante, pois com essa iniciativa o nosso Sindicato pode contribuir para combater o desemprego desenfreado. Pelo menos essa parceria ajudou mais de 200 companheiros e companheiras que graças a essa iniciativa conseguiram retornar ao mercado de trabalho. Ou seja, hoje essas pessoas têm um emprego. ” Diz Pedro Pereira, presidente interino do Sindicato.