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DESEMPREGO: A INOPERÂNCIA DO GOVERNO E O MAIOR DESAFIO DOS BRASILEIROS
 
EditorialChiquinho2019
 
Há mais de seis anos que a taxa de desemprego no Brasil vem crescendo de forma galopante. Sai governo e entra governo e nenhum, absolutamente nenhum, até agora, conseguiu colocar a economia do país em um patamar que resolvesse o problema do crescimento e a estabilidade necessária para garantir o desenvolvimento do país e, portanto, a ampliação do mercado de trabalho e o fim do alto índice de desemprego, que atinge milhões de pessoas. 
 
O governo de Michel Temer iniciou um dos maiores ataques aos direitos trabalhistas e sociais da história. Começou com o corte nos gastos públicos, prejudicando o acesso da população às políticas essenciais como saúde, educação, moradia, segurança pública, entre outros. Em seguida, resolveu redescobrir a pólvora, onde apresentou à sociedade uma proposta de Reforma Trabalhista que retira direitos fundamentais dos trabalhadores e trabalhadoras, afirmando que essa seria a única maneira de garantir a criação de milhões de empregos e consolidar a economia do país. E, como podemos atestar, o governo Temer mentiu descaradamente, pois a taxa do desemprego só cresceu. 
 
Não bastasse essa enganação, agora o governo Bolsonaro apresenta uma proposta de Reforma da Previdência Social que, além de privatizar o Sistema do país, acaba com o direito à aposentadoria e, pior, institui uma série de novas regras que prejudicará os trabalhadores mais empobrecidos, dificultando desde a distribuição de remédios de alto custo pelo SUS até a diminuição dos valores das aposentadorias. E o mais lamentável é que, mais uma vez, para obter o apoio da sociedade o governo mente quando diz que a Reforma da Previdência irá acabar com o desemprego, pois irá resolver a economia do país, solucionando o problema da falta de crescimento e da instabilidade financeira. Mentira! 
 
OU O GOVERNO ACABA COM O DESEMPREGO, OU O DESEMPREGO ACABARÁ COM O PAÍS! 
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os dados da pesquisa sobre a taxa de desemprego do primeiro trimestre de 2019 (janeiro a março), onde aponta que 12,7% da população está desempregada, ou seja, mais de 13,4 milhões de brasileiros e brasileiras não fazem a menor ideia de como vão pagar suas contas ou colocar comida na mesa para o sustento de suas famílias. 
 
Vejamos: Segundo o IBGE, a alta do desemprego no 1º trimestre representa a entrada de 1,2 milhão de pessoas na população desocupada. No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego foi de 12,4%, atingindo 13,1 milhões de brasileiros. A maior taxa de desemprego já registrada no país foi a do trimestre terminado em março de 2017 (13,7%). Já a mínima foi alcançada em dezembro de 2013, quando ficou em 6,2%. O último dado aponta que o Brasil esteve muito próximo ao pleno emprego, e não faz tanto tempo assim, há apenas seis (6) anos. 
 
Os dados do Instituto também apontam que a população ocupada no país somou 91,9 milhões de pessoas, o que significa que 873 mil pessoas entraram para a fila do desemprego, nos últimos três meses. O IBGE apontou também que a população fora da força de trabalho alcançou 65,3 milhões de pessoas. Ainda segundo os dados do IBGE, a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 25% no trimestre encerrado em março, e a população subutilizada atingiu o número recorde de 28,3 milhões. 
 
Como demostram os dados do IBGE, se o governo não apresentar propostas sérias que, de fato, ajudem a barrar o “tsunami” do desemprego que atinge o país, em pouco tempo vamos conviver com uma legião de
desempregados nunca visto na nossa história, abrindo o verdadeiro caminho para o caos social, com milhões de brasileiros vivendo na mais absoluta miséria, condenados a um futuro sombrio e desolador. Portanto, ou o governo se propõe a acabar com o desemprego ou o desemprego irá acabar com o Brasil.
 
Chiquinho Pereira
Presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, da FEBRAPAN
e Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT – Nacional